segunda-feira, 21 de março de 2011

México (português)

É, chego ao fim dessa viagem de 2 meses por um país que sempre me chamou a antenção e que hoje levarei com uma palavra: MARAVILHOSO!
Não só pela gente, pelos milenares anos de culturas mayas e aztecas, pelos saborosos e indescritíveis 38 pratos que provei, (é a conta que cheguei, mas acho que foram mais), por seus paraísos naturais, por sua variedade ecológica e por seus fantásticos museos. Posso dizer que foi a melhor viagem da minha vida, sem ter que discutir muito, também posso com absoluta certeza dizer que nunca aprendi e apreciei tanto uma viagem, do primeiro aos últimos segundos (que são estes nos quais escrevo). México é vida, é história, é cultura milenar, é arte, é doer a língua e vomitar por excesso de picantes, é deserto e floresta tropical, é lugar de igrejas de tirar o fôlego, também de pirâmides espetaculares e inclusive maiores que as do Egito, é lugar de descoberta e aventura ao gosto de uma alma sem limites.
Viajo a procura do meu auto descobrimento, conhecer a si próprio é uma das grandes maravilhas que existem, e só conhecemos quando nos vemos em situações e ambientes diferentes. É como que se você não sai para ver o que está fora da janela a sua visão sobre o que está lá fora será sempre a mesma, será aquilo que você pode enxergar através dela e ponto.
Quando disse aos meus pais que iria ao México só disseram: Boa viagem, e eu sei a exata razão por eles me deixarem nessa liberdade total, a primeira e mais importante razão é a confiança que depositam em mim e que eu nunca fiz com que perdessem, a sugunda razão é que já estiveram nesse chão e o terceiro motivo é que uma das coisas mais significantes que meus pais me ensinaram e que hoje vejo o quão importante foi é que o nosso tempo aqui é agora e ao mesmo tempo que se precisa de trabalho, estudo e compromissos... precisamos nos livrar às vezes dessa auto e indagante cobrança, resumindo é:  ''Como não sei se terei outra vida farei tudo que puder nesta!''
Também é um país  com grandes problemas sociais assim como todos os países latino americanos, narcotráfico e corrupção são coisas que com um pouco de conhecimento se percebem, infelizmente se vê bem claro por estas terras. Mas vamos combinar que o México bem vulgarmente só ''paga o pato'', afinal algum caminho a cocaína dos estadounidenses precisa ter para ser ''apreciada'' pelos mesmos, o México é o caminho de entrada de droga aos EUA e é o caminho pelo qual os EUA vende armamento ilegal aos narcos de países das Américas. E essa roda viciante faz com que quase 70% (segundo mexicanos) dos policiais e políticos sejam cúmplices do mesmo OBVIAMENTE por interesses próprios, matando milhares de mexcianos anualmente na região da fronteira com EUA.
Como recorrido comecei no norte do México, no estado de Chihuauhua, depois a região central onde conheci cidades como Guadalajara, Tequila e Puerto Vallarta que fazem parte do estado de Jalisco, também visitei a cidade das múmias Guanajuato - Guanajuato, e algumas quantas cidades e povoados do estado de Michoacán.
Uma das coisas mais inimagináveis que conheci foi uma típica festa de casamento de pequenos povoados (com 2 mil habitantes, onde obviamente todos se conhecem), as festas são de 7 dias e em um só dia os noivos chegam a visitar umas 10 casas. Tequila e comidas tradicionais fazem parte de todo o dia, as mulheres ficam totalmente bêbadas e chegam a convidar você a dançar. (o que aconteceu comigo, e recusar a dançar ou tomar o que lhe dão é ofensa grave, então imaginem).
Lembro de algumas coisas, como máquinas e apresentações de produção de Tequila, na cidade com o mesmo nome, Tequila, não lembro de muita coisa pois tomei algo considerável do mesmo, como disse antes no México recusar é ofensa. Então era toma, toma, toma e risadas, risadas e mais risadas. Enfim, as fotos foram as principais lembranças desta cidade.
Baixar a mais de 100 metros em uma mina também foi algo interessante, assim como ver o museo interativo da Inquisição, de História, Medicina, Arte Moderna, Arte Popular, Museo de Arte Nacional, Bellas Artes e o FANTÁSTICO museo de Antropología, o melhor museo sobre o tema que visitei até hoje.
A capital é realmente algo absurdo de grande, para se ter uma ideia são 9 linhas de metrô, (o metrô da Ciudad de México é considerado o MAIS BARATO DO MUNDO, e o serviço é de excelente qualidade, uma passagem sai menos de R$0,80 centavos) 2 linhas de ''tren ligero'' e umas 50 de trem. O ar em alguns dias fica meio negro e se sente no fim do dia de caminhada um enorme cansaço causado pelo excesso de poluição, nem sempre é possível ver algumas regiões da cidade por culpa do mesmo. Todos me diziam que eu não gostaria da capital mexicana, e simplesmente digo: Conheça bem e depois fale! Outra coisa que se nota na Ciudad de México é a liberdade de expressão, e a enorme quantidade de asiáticos.
México foi e será para sempre algo especial para mim, foram muitos amigos novos e alguns que levarei pra sempre, também foi descoberta no amor, e um acidente de carro (cinto de segurança realmente salva vidas) rs...  foi auto conhecimento, foi conhecimento histórico e algo de revolta com algumas coisas da história muitas vezes inaceitáveis em respeito aos ''descobridores'' da América que abusaram e fizeram o que quiseram, mas o México novamente me fez ver e redescobrir o quão bela e maravilhosa a vida é!

Obrigado, México!

(el mismo texto será publicado en español, aún este mes)

Viva México cabrones!

William Schweickardt

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