domingo, 25 de setembro de 2011

Igreja x Realidade

É incrível como as pessoas se deixam levar por pensamentos religiosos, principalmente aqueles que supostamente Deus escreveu em um ''livro sagrado'' chamado de ''Bíblia Sagrada''. É simplesmente a representação da vontade Dele em nossas vidas? Quem disse?
Vejo a bíblia como um livro, é, um simples livro que se compra em uma banca ou livraria e que nos traz um conteúdo informativo que é interpretado de determinada forma por cada indivíduo que o ler, e a ele atribuir a sua vida. Tudo bem que é o livro mais vendido no mundo e que atravessa boa parte da história moderna e contemporânea, mas a Bíblia não passa de uma artimanha muito bem planejada e escrita, quem a escreveu buscava poder, controle, manipulação, sujeitação de massas a uma minoria. E sim, é de se confessar, quem a criou só pode ser considerado um gênio, pois até hoje ela é utilizada como a ''fonte de Deus''. Apesar de suas centenas de reescrituas e alterações a bíblia segue sua jornada, com menos intensidade talvez, mas segue controlando e impedindo a plenitude em diversas formas do viver.
As instituições religiosas podem ser entendidas como empresas, as mesmas nas quais fazemos nossas compras, onde existem chefes administrativos, empregados e clientes. Seu grande objetivo é o mesmo que o de qualquer empresa: Lucro. Onde se geram lucros costuma-se gerar abusos de uma classe menos favorecida (principalmente de conhecimentos). Este abuso na instituição Católica serve para sustentar uma classe dita como escolhida por Deus para sua representação aqui, entre nós. Os mesmos também criam leis, ''leis de Deus'' como as chamam, as quais devemos seguir e sem elas não adquiriríamos a tão citada ''salvação do Senhor''.
As Igrejas tomaram uma dimensão quase surreal de controle psicológico e social, administram gigantescas concentrações monetárias no mundo, os mais lucrativos bancos internacionais, empresas grandiosas, fabulosas universidades, grandes fundos de assistência e assim conseguem um manejo cultural viciante ao nosso redor.
Nosso Estado supostamente é Laico, ao menos na teoria, ou seja, diz-se que o Estado toma suas decisões sem consultar a Igreja e que esta não deve interferir nas leis, tampouco no modo de agir de seus dirigentes políticos. Sabemos que isso não ocorre e centenas de melhorias seriam possíveis se a Igreja não estivesse ali, pressionando e muitas vezes infiltrada na cabeça dos nossos representantes.
As religiões hoje nos separam mais do que unem, nos julgam, nos controlam e querem definir o que é correto e incorreto de acordo com seus interesses. Dizem que não é possível a união entre duas pessoas do mesmo sexo porque lá na Bíblia que nosso querido e amado Deus  supostamente escreveu diz que: ''Duas sementes iguais não podem ser plantadas na mesma terra.'', ok, mas e o que dizer dos milhões de casais heterossexuais que não resolveram ter filhos ou que são estéreis? Se fosse realmente uma ordem de Deus que todas as uniões fossem somente e unicamente formadas para a geração de frutos então deveríamos fazer um teste de esterilidade em todos os casais que desejam formar matrimônio, correto? Afinal assim como os gays, os heteros estéreis não podem gerar descendentes sem auxílio de terceiros.
Enquanto não passarmos a ver além e procurar solucionar as dificuldades realmente importantes em uma sociedade, empresas como a Igreja Católica continuarão a usar do nome divino para impor suas distintas formas de controle psicológico e consecutivamente social. A religião hoje faz um papel de acalmar as massas, de impedir a ascenção iluminista e de espalhar pensamentos retrógrados em nossas mentes. A religião dá aos que nada ou pouco possuem materialmente uma chance de pensar que se nesta vida respeitarem as vontades de sua Igreja (não de Deus, porque ele não é e nunca será uma instituição) e forem devotos, e também contribuírem com sua ajuda mensal na próxima vida terão uma recompensa, porque segundo a Igreja Católica assim ''Deus quis''. Francamente...

William Schweickardt

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