segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Tempo que aprisiona, agora, me liberta.


Tic-Tac. Já parou pra pensar no tempo? Por exemplo, o próximo segundo, enquanto você ler isso, não existia a poucos segundos antes, e assim por diante; tipo... o amanhã, nem o ano que vem, nem sequer o minuto que vem, existem ainda... e é muito louco pensar assim, mas o próximo segundo está sendo construído agora, e não só pra você e pra mim, mas pro UNIVERSO. Enquanto vemos os segundos do relógio contarem ascendentemente, no fundo, isso está existindo só a partir de agora, enquanto os segundos se formam. De acordo com o filósofo alemão Kant, eu estou viajando na maionese, ele afirma que o tempo não existe, que nós o criamos e nos adaptamos a ele, e eu direi o quê? Ele está quase certo, porque nós não só nos adaptamos a ele como nos escravizamos, temos receio do tempo, e por ter receio emprestamos o passado o tempo todo e planejamos o futuro - que pode(rá) nem existir - deixando o êxtase do momento passar. Porém, deixando Kant de lado, (afinal pra nós, o tempo é fundamental), enquanto os segundos contam, a Terra se afasta mais em direção a sei lá onde, os planetas transcorrem suas linhas planetárias, o sol continua a borbulhar a seus 6000 graus Celsius, a lua se afasta mais de nosso planeta, nossa pele - assim como tudo que é orgânico - envelhece mais um pouco e nos tornamos seres mais vivenciados. Também, enquanto os segundos contam, o mundo todo está se alterando e se renovando ao mesmo tempo. Neste instante que se cria, os japoneses estão quase almoçando, os indianos devem estar acordando e os portugueses estão no segundo sono, e os novaiorquinos, assim como nós, brasileiros, prestes a deitar e descansar para mais uma semana que se fará, logo mais... enquanto tudo isso ocorre por todo o planeta azul, eu converso contigo, e me torno mais íntimo de alguém que tem se mostrado simplesmente especial, você.

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